sábado, 22 de dezembro de 2007

Dedicado ao tio.

O meu tio é a única pessoa da minha família que às vezes visita este blog. Outro dia queixou-se-me de que ultimamente só tenho escrito merda por aqui. A fim de inverter (ou não) tal estado de coisas, aqui fica este post dedicado a ele.

No início da humanidade, antes de as mulheres terem inventado a linguagem oral, os homens comunicavam gestualmente. Fazer um manguito ou um caralhinho com os dedos, são exemplos ainda vivos dessa linguagem de outrora. O motivo pelo qual não desapareceram é óbvio – um gesto pode valer mais do que 1500 palavras.
Mas de todas as formas de comunicação que o homem utiliza, há uma que nem imagens, palavras ou gestos conseguirão substituir com tamanha eficácia quando se trata de insultar ou expressar um estado de alma. Apesar de ser tão velho quanto a humanidade, até hoje não conseguiram inventar nada mais expressivo do que um valente peido.
Sei do que falo pois sou um peidorrento razoável. De manhã, ao levantar, gosto de ir até à casa de banho e mandar um ou dois arrotos rectais. Nada de especial, exceptuando talvez o gozo de saber que me consigo fazer ouvir na casa dos vizinhos até 3 andares acima.
Todavia tenho um familiar que ao pé dele não sou nada. Mais do que produzir peidos memoráveis, ele transforma o acto de soltar gases sonoros pelo cu numa obra de arte de fino recorte.
Quem julgar que o peido é apenas uma expressão de mau gosto ou falta de educação fique ciente de que não possui sensibilidade suficiente para conseguir compreender o que é arte ou mesmo o belo.
O peido é arte quando aquele que o executa tem consciência de estar nesse momento a expressar sentimentos e emoções duma forma que só a melhor pintura renascentista, música barroca e pornografia dos anos 70 conseguem igualar.
Enquanto género de insulto cómico, o peido não tem rival e é precisamente neste campo específico que esse meu familiar peidorrento é genial. Ele domina com incrível talento a sublime arte do insulto através do peido. É um mestre a conjugar a oportunidade do momento, a duração, o timbre, a intensidade e a expressão facial durante a execução dum peido. Um peido dele é de nos levar às lágrimas. Se fosse americano, já estava milionário.
Mas não se pense que é uma forma de arte fácil. O peido desde há muito que é combatido por quem não o compreende. Trata-se duma arte para homens de barba rija e rebeldes. Ao pé do peido, o grafite é uma arte maricas.
Esse meu familiar tem por hábito jogar dominó e cartas no bar da sede do clube recreativo cá da terra. Como é sabido, estamos a falar de jogos em que a componente psicológica é importante quando usada como arma para desmoralizar o adversário.
Pois não tiveram descanso enquanto a direcção do clube não proibiu o meu familiar de se peidar no bar da sede, especialmente durante os jogos. Ao Rodrigues, que adormece a ler o Correio da Manhã e ressona mais alto que a serração do Tonho Pachorrito, não dizem eles nada.
Para evitar chatices no clube, o meu familiar acatou a ordem vinda da direcção. Agora em vez de dar peidos passou a bufar-se, claro. Mas não é a mesma coisa.

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domingo, 9 de dezembro de 2007

O padrinho das mamas.

Nunca percebi qual é a desses gajos que dão nome ao próprio caralho. Uma vez conheci um tipo que chamava Jorginho ao maroto. Recordo-me igualmente que há um filme no qual Ben Stiller interpreta um desgraçado que chama o Zequinha de Mister Pendleton ou algo parecido.
Que se passa com estes gajos? Que mente alucinada se lembra de chamar Bráulio à pila? Não terão nada melhor para fazer?
Eu, antigamente quando era puto ao menos via Wrestling na Tv, que sempre é uma forma menos estúpida de perder tempo.
Para fazer face a tamanha parvoíce acho que é hora de tomar uma atitude. E então, só para chatear essa maltinha que baptiza o próprio pau, anuncio que a partir de agora a minha picha também tem um nome, passa a chamar-se André. Acho que se trata dum nome adequado ao meu bacamarte, sendo que ao mesmo tempo constitui uma singela homenagem a um dos meus heróis do Wretling que nos tempos em que era adolescente me impediu de perder tempo com coisas piores, como por exemplo dar nome à verga. Refiro-me ao antigo campeão André, o gigante.
Na minha próxima foda ou seja, daqui a instantes, hei-de causar sensação. Logo a abrir, vou dizer:
- Querida, vem cá lutar com o André. Mas nada de morder, ouviste?
E a querida, lutar com quem? E então, eu agarro na base da moca em riste, abano-a e digo, lutar aqui com o André… o gigante.
Fixe, não? Hum, mas acho que devo ser justo e não esquecer que além do Wrestling também foi a punheta que decisivamente me afastou duma existência sem sentido nas longas horas sem nada para fazer. Portanto, também vou dar nome à minha mão direita. Vou chamar-lhe Hulk.
Quanto a vocês, as minhas amigas lá por não terem pirilau escusam de se acanhar, se quiserem podem dar nome a cada uma das vossas mamocas. Não me importo.
Caso precisem dum padrinho para baptizá-las, o Barradas manda dizer que imaginação para escolher os nomes não lhe falta. Enviem fotografia delas.