domingo, 22 de abril de 2007

Meias e sovacos. A moda e o sexo. E tudo sobre nada.

No casamento, já se sabe, o homem faz a mulher e a mulher faz o homem. No meu caso, a Mekinha sendo uma mulher moderna, tem vindo a transformar-me num homem sincronizado com as últimas tendências da moda masculina. Portanto, para vossa surpresa, saibam que já deixei de usar meias brancas há mais de três anos e agora só uso meias pretas.
Ah! E atenção ! Não julguem que as compro no mercado mensal de Azeitão. Por acaso, ainda há pouco comprei 15 pares de meias (todas iguais, todas pretas) mas foi na Calzedonia, numa promoção que eles tinham no Torres Shopping.
Isto de comprar meias iguais até acaba por ser uma coisa prática porque assim evito a trabalheira de juntar os diferentes pares quando tiro as meias, já secas, da corda. Vai tudo ao molho para a penúltima gaveta da mesinha de cabeceira (aquela por cima da última, a tal onde discretamente guardo os preservativos, as algemas e mais alguns objectos sexuais que não quero especificar).

Agora, aposto que não conseguem adivinhar a mais recente inovação que a Mekinha operou em mim.
Pois é, começou por se queixar que os meus sovacos cheiravam mal. É certo que, um gajo de manhã, às vezes com a pressa para sair de casa quase nem molha o sabonete. E, na verdade, confesso que sou mais meticuloso a lavar o pénis do que propriamente um sovaco (que ainda por cima são dois) mas mesmo assim, comecei por não lhe dar razão.
Porém, a Mekinha continuou a implicar com os meus sovacos, tento passado a exigir-me que tomasse banho também à noite antes de ir para a cama.
Ontem, talvez devido ao meu recente ingresso profissional no mundo da moda, finalmente rendi-me à derradeira exigência da Mekinha e pronto, deixei que ela me rapasse os pêlos sovacais.

É uma sensação estranha, esta de ficar rapadinho. Não consigo parar de passar com as mãos por debaixo dos braços. Parece que estou a apalpar uma gaja, o que me faz recordar os belos tempos da infância, quando comecei a sentir em mim (mais precisamente entre pernas) o desejo inexorável pelo sexo oposto.
Recordo-me como se fosse hoje. Comecei por me aliviar com a mão. Mas isto é uma coisa que não pára de exigir cada vez mais duma pessoa. Às vezes tentava com a esquerda, para dar a sensação de que não era eu. Mas não era suficiente. Então ouvi falar em melancias e resolvi experimentar. Também recorri a almofadas, mas tudo aquilo me parecia demasiado inanimado, sem vida e sem calor. Entendem?
Ainda pensei nas cabras da Ti Ana, mas tive medo do Bode (ao contrário do Barradas, esse grande destemido).
A certa altura, pensei em construir uma máquina de bater punhetas. Assim uma coisa simples. Eléctrica, mas simples. Recordo-me que se chegou ao ponto em que a coisa se constou lá na rua e uma catrefada de putos meus amigos ofereceu-se para ajudar no projecto, na condição de também usarem a tal máquina.
Apareceram com fios de cobre, pilhas, interruptores e até lâmpadas. Sem sucesso. Embora um dia tivesse ficado com a pichota estrangulada na máquina de costura da minha avó, a verdadeira máquina de bater punhetas nunca chegou a realizar-se.
Um dia, devíamos ter uns sete ou oito anos, o Muralha convenceu umas vizinhas da nossa idade a irmos tomar banho no açude da ribeira, sem o conhecimento dos pais.
A certa altura, o Muralha levou-as para o palheiro da Ti Clementina e fez “coisas” com elas, por tempo e à vez (parece-me que era... 10 minutos com cada uma).
Infelizmente, não pude participar na orgia. Tinha feito a 1ª comunhão há pouco tempo e tive medo que fosse pecado, de modos que só ele é que “brincou” com as meninas. Nesse dia, à noite, antes de dormir jurei a mim mesmo que quando fosse adulto me tornaria um mestre do sexo. De preferência na prática, mas nessa impossibilidade, pelo menos em teoria.
E aqui estou eu, neste brilhante blog a ensinar tudo o que sei...

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sexta-feira, 13 de abril de 2007

O doutor da Mula Ruça (1º episódio da novela homónima)

Dizia-se doutor e como vivia com a Quitéria, era conhecido cá na zona pelo nome de “doutor da Mula Ruça”, por causa da alcunha da companheira.

A filha mais nova do tio João Marques, era uma bela moça, alta e peituda, com as curvas todas no sítio, curvas em número mais que suficiente para virar a cabeça de qualquer homem apreciador do sexo feminino.
A Quitéria, assim se chamava a rapariga, sabia que era boazona e, ainda por cima, era amiga de se arranjar. Todos os meses, a cachopa pintava o cabelo na cabeleireira, em tom de loiro platinado, tal Marilyn Monroe.
Não se sabe a quem puxou, mas era evidente que a moça tinha nascido com umas ideias demasiado avançadas para a época. Por volta dos 18 anos falava-se que já tinha fornicado com mais de metade da rapaziada cá da aldeia e, dizia-se mesmo que uma vez até tinha feito sexo oral. Não admira portanto, que aos 19 anos, talvez por causa deste comportamento e também da cor extravagante do seu cabelo, a Quitéria tivesse granjeado a alcunha de “Mula Ruça”.
Foi então, num belo dia de Setembro, que a “Mula Ruça” resolveu partir para se empregar na casa duns ricaços em Lisboa (na versão de uns) ou para ir prostituir-se numa casa de meninas, algures para os lados da Travessa da Glória (na versão de outros).
Os anos foram-se passando. Eu, entretanto, estive emigrado por essa Europa fora e, confesso que até já me tinha esquecido da “Mula Ruça” (e do broche) quando não é o espanto, meu e de todos cá na terra, quando se soube que a “Mula Ruça”, após vinte anos de ausência, resolvera regressar à terra que a tinha visto nascer.

Eram dez horas da noite. Entrei no café do Mocho e sentei-me ao balcão. Vinha dum dia lixado no stand, sem ter conseguido vender nenhum carro.
Foi por volta da minha segunda cerveja que a curiosidade se me despertou. Quem seria a jeitosa sentada na mesa do canto acompanhada daquele indivíduo com ar de chulo?
(continua).

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quinta-feira, 5 de abril de 2007

Reflexão sobre mim.

Reflectindo sobre mim, confesso que me sinto um blogueiro vitorioso. Comecei por ter tido visão de oportunidade e percebido em tempo oportuno o grande potencial da blogosfera. Realmente fui um pioneiro ao fundar o meu primeiro blog em Novembro de 2001, quando praticamente não existiam blogues em Portugal. Até aos dias de hoje a minha vida de blogueiro foi um caminho árduo. Durante este tempo, sofri a incompreensão de muitos, a indiferença de quase todos e apenas a admiração de muito poucos. Os leitores foram sempre os meus grandes aliados.
Bem sei que venho duma pequena aldeia da Beira Baixa, longe dos grandes centros culturais. É verdade que não tenho contactos, nem movo influências junto dos centros de poder. Mas, por outro lado, também sei que tenho inegável talento, assim como a vontade de mostrar a todos por que razão sou o mais brilhante blogueiro de Portugal (e grande cartel no Brasil).
Os meus posts, elegantemente escritos, são muitas vezes preciosas lições de vida, sobretudo sexual; outras vezes o apontar de novos caminhos rumo ao futuro daquilo que, a meu ver, deverá ser a mentalidade do novo homem português (mais sexy, menos complexado).
Encontramo-nos numa encruzilhada em que não deixando de sermos típicos portugueses, não podemos ser imunes às novas influências que nos chegam derivadas da globalização, da participação portuguesa na União Europeia, assim como da utilização das novas tecnologias.
Depois de ler o Abrupto Sexual, português algum poderá justificadamente lamentar-se de não conseguir compreender o sexo oposto e não ter bom sexo (ou mesmo só sexo).
Os ensinamentos aqui contidos são fruto da minha experiência de vida e de alguns amigos meus. Neles está tudo o que é necessário, para que você, homem ou mulher, possa ser feliz.
Vejam-me como exemplo para qualquer um de vós: na minha vida, tal como na blogosfera, todos os sonhos são possíveis. Inclusivamente ficar rico e famoso a escrever um blog.
Não que isso já tenha acontecido comigo, mas ainda não perdi a esperança...


PS. : Não me perguntem porque escrevi isto. Só sei que é quase 1h da manhã e antes de me ir deitar passou-me esta pela cabeça.

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