quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Não fomos ao Lux

Sábado, assim tipo 11 e tal da noite, deixei a Mekinha em casa a tomar conta das filhotas e dirigi-me no meu Opel até casa do Barradas. Ele e a mulher têm uma playstation onde cantam Karaoke. Também cantei, mas é claro que levei uma tareia do Barradas e fiquei desconfiado que há-de passar os dias agarrado ao microfone a treinar. Uma colega de trabalho da mulher dele que também estava presente, chamada Vânia, tentou igualmente o karaoke. Deu show. Não que tivesse cantado bem, mas enquanto cantava dançou de maneira tão sensual que nos deixou, a mim e ao Barradas, a salivar da boca.
Atenção ! Quando digo que ela dançou sensualmente, bem, vocês não conhecem a Vânia. Imaginem a Ana Malhoa no seu melhor e a seguir multipliquem a parte do melhor várias vezes: eis a Vânia.
E foi com a imagem da Vânia a cantar Shakira, que eu e o Barradas nos pirámos da casa (mulher) dele e metemos no carro com destino a uma noite de aventura.
Começámos por ir buscar umas amigas do Barradas, que não conhecia, a Setúbal para sairem connosco. Chegámos à cidade do Sado, fomos para os lados da Fonte Nova. O Barradas, assim que estacionei frente à casa delas, ripou do telemóvel para avisar que descessem.
Ficámos no carro à espera. Quando apareceram constatei que eram três e, à medida que caminhavam em direcção a nós, percebi que eram material de alto nível. O cabrão do Barradas tinha-se esmerado na companhia.
Feitas as apresentações, o Barradas tratou de se instalar no banco de trás com duas delas, enquanto a outra não teve outro remédio senão sentar-se ao meu lado. A modos que para dar logo a entender quem é que ia foder com quem.
Começámos por ir para os lados do Feijó, a um bar onde se fuma narguilé. Sentámo-nos na cave, nuns bancos baixinhos e chamámos o empregado. Além do inevitável Licor Beirão para beber, resolvemos experimentar o narguilé versão afrodisíaca.
Enquanto o cachimbo não chegava, fiquei a saber que as nossas amigas eram brasileiras de Minas Gerais.
Confesso que me esqueci dos nomes delas, mas recordo-me que duas eram massagistas e a terceira manicure. Senti alguma dificuldade por parte do Barradas em explicar como é que as tinha conhecido, mas o assunto morreu porque entretanto chegou o cachimbo e dedicámo-nos a mamar no bucal.
O sabor era doce, agradável até, mas fiquei com dúvidas acerca do seu efeito afrodísiaco. Sinceramente, acho que não resultou. Mas pronto, sempre deu para estarmos ali coisa de uma hora entretidos a conversar sobre assuntos banais, tais como sexo em grupo, swing ( troca de casais), bondage, etc.
Entretanto as nossas amigas, sem razão aparente, resolveram começar a beijar-se na boca entre elas, numa espécie de show lésbico. Eu e o Barradas fartámo-nos de rir com a cena. E foi num ambiente descontraído que deixámos o bar rumo às docas em Álcantara.
Porém, nas docas demorámos pouco, o Lux chamava por nós. Ao passarmos pelo Terreiro do Paço, por ter havido nesse dia uma manifestação de professores o trânsito ainda estava cortado, o que dificultava a passagem pelo local. Quando finalmente chegámos ao Lux, havia imensos putos para entrar, numa bicha imensa. Assim não dava. Passámos com o carro por debaixo duma especie de túnel e seguimos em frente, para dentro da zona portuária. Parámos para mijar mesmo junto a um paquete que ali estava atracado e resolvemos bazar para o Kaxaça.
Através da Vasco chegámos rapidamente ao Montijo. A discoteca estava cheia, com um ambiente espactacular. Dançámos toda a noite, quase até cair.
Às 6 e meia da manhã deixámos o local, já clareava o dia. Entre as duas rotundas junto ao Fórum Montijo, a BT da GNR mandava parar todos os automóveis para fazer o teste do álcool. Também fui ao balão, claro. Mas não acusei nada, ahahahahah.
Já na auto-estrada, comecei a pensar na forma como haveríamos, eu e o Barradas, de conseguir papar as brasileiras. Acabados de passar às portagens de Setúbal, olho pelo espelho e verifico o meu amigo a beijar alternadamente as duas gajas lá atrás. Percebi que ía haver mambo.
Surpreendentemente, conforme íamos parando nos semáforos de Setúbal, comecei a olhar melhor para a brasileira que seguia ao meu lado adormecida. Afinal, às luz do dia não era assim tão gira como me pareceu inicialmente. Julguei até, que fosse mais nova. Calculei-lhe perto de trinta anos, mas agora parecia-me mais perto dos cinquenta. Notei-lhe as mamas descaídas, as rugas no rosto e, no geral, talvez pela roupa, um aspecto de puta barata. Aos poucos, sei lá porquê, comecei a lembrar-me da Mequinha e a sentir uma vontade quase irreprimível de correr para casa. A brasileira parecia-me, agora, simplesmente horrorosa. Subitamente oiço um uivo, olhei para trás e percebi que as brasileiras havia acabado de fazer um broche ao Barradas. O banco de trás do meu rico carrinho havia sido conspurcado pelos fluídos seminais daquele cabrão. Deu-me uma fúria, encostei o carro e pus todos na rua. Arranquei de novo, atravessei o traço contínuo e dei meia volta com destino a casa. Pelo retrovisor ainda pude ver o Barradas a correr de punho no ar atrás de mim. Parei. Fiz marcha atrás, ele abriu a porta e sentou-se ofegante, no banco ao meu lado. Arranquei novamente e só lhe disse, não voltas a esporrar-te em nenhum carro meu, percebeste ?

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