segunda-feira, 30 de julho de 2007

A história dos meus amigos (Parte 1)

Domingos era um afamado enfermeiro cá da terra, cuja experiência em práticas curativas remonta aos tempos em que se iniciou como enfermeiro improvisado na Guiné, durante a guerra colonial.
Barradas, que é sobrinho do Domingos, quando era jovem, via no tio uma espécie de herói e modelo a quem imitava e seguia para onde quer que Domingos fosse. E Domingos ia para muito lado, porque naquele tempo, no exercício das suas funções, Domingos costumava acompanhar o grande Tito de La Lomba, fenomenal novilheiro português natural do Entroncamento.
Domingos prestava preciosos serviços de enfermagem a Tito, que muitas vezes (muitas mesmo) durante as suas actuações pelas arenas de Portugal e Espanha, sofria tremendas colhidas e cargas de porrada de animais com cornos, nomeadamente novilhos, touros e maridos de namoradas casadas.
No Inverno, época em que na península ibérica não se realizam touradas, Tito de la Lomba, ganhava a vida como amestrador de feras no circo Romagnoli,.
O Grandioso Circo Romagnoli, vivia naquela época os seus tempos áureos, desde que o Sr. Cabrita, brilhante empresário algarvio radicado em Vila Nova da Barquinha, o havia adquirido a Dom José Romagnoli, na condição de manter a empresa com o nome do seu fundador.
Da falência iminente ao apogeu, foi um curto espaço de tempo. Sob a direcção de Cabrita o Circo Romagnoli contava agora com algumas das figuras maiores da arte circense nacional. Havia uma família de trapezistas, os fabulosos irmãos Aparício, que por acaso até são meus primos e que disputavam com Tito de La Lomba, o lugar de principal figura do espectáculo.A rivalidade entre os Aparícios e Tito era imensa. Ambas as partes tentavam superar-se constantemente, apresentando números cada vez mais arrojados e perigosos. Mas a rivalidade ultrapassava o espectáculo na pista, pois um dos Aparícios, Luís, disputava ferozmente com Tito o coração (e os favores sexuais) de Stephanie, a contorcionista da companhia.

(Continua quando tiver paciência para contar o resto)

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domingo, 29 de julho de 2007

Cheirar a peixe

Após jantarem lamejinhas e enguias num conhecido restaurante na Lançada, ele e ela foram passear para o Fórum Montijo.
Ela - Hum, cheiramos a peixe.
Ele - Deixa lá, pior seria se cheirássemos a merda.
Ela - Sim, tens razão.
Ele - Se bem que acabei de peidar-me...

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quarta-feira, 18 de julho de 2007

Gajos de bolsa

Para mim, a coisa começou com o Álvaro Cunhal. Recordo-me de vê-lo na TV, sempre de bolsa preta na mão. Talvez se lembrem, até chegou a correr o boato de que trazia lá dentro um rolo de papel higiénico.
Desconheço o que realmente transportava Cunhal, só sei é que essa estúpida moda masculina de usar bolsa não tem parado de aumentar.
As mais horríveis são aquelas de apertar à cintura, como a que o meu sogro usa. Aqui há dias a minha Sofia ofereceu-lhe uma bolsa nova. Ainda tentei ajudar a escolher o novo modelo, na esperança de encontrar alguma que fosse vermelha, com o emblema do glorioso bem destacado. Mas o velho sportinguista fez questão de sublinhar que preferia a sobriedade do preto e lá lhe fizeram a vontade.
Infelizmente, a Mekinha interpretou o meu interesse em escolher a bolsa para o pai dela como um sinal de que também eu desejaria semelhante peça de mau gosto para mim próprio.
Recentemente fiz anos e agora trago a tiracolo uma bolsa a dizer Camel Active, oferecida com todo o carinho pela minha amantíssima esposa.
Mal parece não usar a bolsa e agora o Barradas goza comigo, diz que é uma bolsa abichanada.
Claro, disso não tenho dúvidas. Mas notem que ao menos a bolsa tem a dizer Camel Active. Entendem ? Não diz Camel Passive. Portanto… podia ser pior.
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Últimos desenvolvimentos: Perdi a bolsa...

quarta-feira, 11 de julho de 2007

A importância do PSI20

Recentemente começaram a nascer-me pintelhos brancos na pele dos colhões. Estou a envelhecer, é o que é.
Claro que estes primeiros sinais de velhice, em si, não me ralam. O que me chateia realmente é pensar que ninguém no seu perfeito juízo pode esperar que alguém lhe chupe (ou mesmo lamba) os colhões ostentando nos mesmos, pintelhos brancos.
Procurei nos mais prestigiados blogs portugueses alguma informação, análise, ou até breve comentário acerca deste importante problema. Mas nada... rigorosamente nada. A nata da nossa intelectualidade blogosférica parece continuar a preocupar-se com o costume: política e futebol. De colhões com pintelhos brancos: nada, zero, tabu !
Eu também, se quisesse, podia falar aqui de merdas estúpidas só para me fazer passar por inteligente. Por exemplo, falava de Warrants, puts e calls, ou do nasdaq. Mas não, achei mais relevante informá-los acerca do estado dos meus colhões. Pelo menos a mim, interessa-me muito mais do que a bolsa de valores.
Mas pronto, quem passa a vida a coçar os colhões por não ter nada que fazer, acredito que nem os pintelhos nessa parte do corpo lhe cresçam. Deve ser por isso que ninguém fala deste assunto.
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PS: Tenho arrancado os malditos com uma pinça de sobrolhos da Mekinha. Dói um bocado, mas segurando a pele com os dedos indicador e médio da mão esquerda, não custa tanto.

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